quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PEQUENO PORTE

Viver num município pequeno parece ser entediante.
A tecnologia trava ou demora recarregar.
A vida profissional não evolui.
Os graus de ensino são limitados.
O hospital é na maioria das vezes precário.
A cultura não oferece novidades.
Se chover muito as estradas ficam interditadas.
A escola fica alagada e sem funcionamento.
Queimam fios e lâmpadas nas ruas e nas casas.
O telefone fica mudo.
Muitas casas ficam dentro da água.
No feriado os caixas eletrônicos ficam sem dinheiro.
E os comércios fecham as portas.
Viver num município pequeno não é entediante.
A natureza é envolvente, fantástica.
O cheiro do verde entra pela janela.
Os passarinhos alegram todas as manhãs.
Passear na praça significa rever amigos e familiares.
As pessoas sofrem e festejam juntas.
Quase todas as pessoas são parentes.
No mínimo todas as pessoas são conhecidas.
Tudo fica perto de casa. Viver fica mais fácil.
Viver num município pequeno tem seus entraves.
Viver num município pequeno não é entediante.
As pessoas partilham confidências e emoções.
Descobrem juntas ilusões e desilusões.
Os vizinhos tornam-se familiares.
Viver num município pequeno é sentir os pés na terra.
É tomar banho de rio e cachoeira.
E pegar fruta diretamente na árvore.
É contemplar horizontes e sentir harmonia.
É viver com simplicidade um dia de cada vez.

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